quarta-feira, 6 de setembro de 2023

PINK FLOYD


 

“Ticking away the moments that make up a dull Day...” é assim que começa uma das canções mais executadas e cantadas da história do rock e da música em geral, a icônica, laureada, indispensável e atemporal (sem trocadilho), “time”.

De fato, “The dark side of the moon”, lançado em 73, é referência e uma obrigatoriedade, e nem é necessário tecer maiores comentários a essa unanimidade de álbum, com mais de 50 milhões de cópias vendidas e presença garantida em qualquer eleição dos maiores discos de todos os tempos. A obra prima, com o famoso prisma na capa, teve em sua produção impecável, Alan Parsons como engenheiro de som.

Antes do “Dark side”, o Floyd já vinha merecendo o reconhecimento da crítica e colecionando fãs. “The Piper at the Gates of Dawn”, de 67 e “A Saucerful of Secrets”, de 68, disco que marca a entrada de David Gilmour e o último com Syd Barrett (que enfrentava problemas mentais), foram os dois primeiros álbuns. Na sequência, 2 trilhas sonoras (“More” e “Obscured by Clouds”) e 3 LP de estúdio (“Ummagumma” álbum duplo com um lado ao vivo, “Atom Heart Mother” trazendo "Summer '68" que foi tema de propaganda do antigo Banco Nacional e “Meddle”).

Mas foi a fase seguinte que fez de Nick Mason (bateria), Roger Waters (vocal e baixo), Richard Wright (teclado) e David Gilmour (guitarra e vocal) expoentes do rock progressivo. “Wish You Were Here” lançado em 75, um primor, com a mágica "Shine On You Crazy Diamond” e a música título, o hino "Wish You Were Here" mantiveram o grupo no topo. Naquela altura Waters já era o principal compositor e o responsável pelos conceitos traduzidos no apurado som do Floyd.  “Animals”, “The Wall” e “The Final Cut” (este sem a participação de Wright e o último com Waters) foram discos que retrataram muito bem a influência do baixista/vocalista, tendo inclusive uma adaptação para o cinema, no caso de “The Wall”, álbum que imortalizou outro hino, "Another Brick in the Wall” bem como trouxe a excelente "Comfortably Numb".

Liderado por Gilmour, o Floyd continuou em frente com 3 trabalhos de estúdio, onde, na minha opinião, ”A Momentary Lapse of Reason” é o de maior destaque. Richard Wright faleceu em Setembro de 2008.

            O virtuosismo de cada um dos integrantes, o rigor na elaboração esmerada das canções, ricas conceitualmente e de uma sonoridade magistral, como também o capricho nas letras, fizeram do Pink Floyd “monstros” sagrados da música e a estadia na prateleira mais alta do rock, onde seus shows eram de uma magnitude ímpar, mega espetáculo com palco temático e arena lotada, pois, sejamos justos, escutá-los era e é, uma experiência sensorialmente singular.

3 comentários:

  1. Excelente artigo. Sem dúvida, muito esclarecedor. Pink Floyd está entre as melhores bandas de Rock de todos os tempos.

    ResponderExcluir
  2. Este comentário foi removido pelo autor.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Devo confessar que estou me enrolando nos comentários... rsrsrs Mas, repito: De fato, maestria no desenvolvimento do texto. Excelente essa sequência inicial. Aguardando os próximos. Vou corrigir na próxima, pois o excelente acima saiu como se fosse meu nome qdo seria o início do comentário...

      Excluir

A PROMOÇÃO E O IMPULSO QUE O ROCK TEVE POR AQUI

  Praça da Apoteose RJ, Janeiro de 1988, lá estavam Pretenders, UB40, Simple Minds, Simply Red, Duran Duran e Supertramp, com direito a part...