“Ticking
away the moments that make up a dull Day...” é assim que começa uma das canções
mais executadas e cantadas da história do rock e da música em geral, a icônica,
laureada, indispensável e atemporal (sem trocadilho), “time”.
De
fato, “The dark side of the moon”, lançado em 73, é referência e uma
obrigatoriedade, e nem é necessário tecer maiores comentários a essa
unanimidade de álbum, com mais de 50 milhões de cópias vendidas e presença
garantida em qualquer eleição dos maiores discos de todos os tempos. A obra
prima, com o famoso prisma na capa, teve em sua produção impecável, Alan
Parsons como engenheiro de som.
Antes
do “Dark side”, o Floyd já vinha merecendo o reconhecimento da crítica e
colecionando fãs. “The Piper at the Gates of Dawn”, de 67 e “A Saucerful of
Secrets”, de 68, disco que marca a entrada de David Gilmour e o último com Syd
Barrett (que enfrentava problemas mentais), foram os dois primeiros álbuns. Na
sequência, 2 trilhas sonoras (“More” e “Obscured by Clouds”) e 3 LP de estúdio
(“Ummagumma” álbum duplo com um lado ao vivo, “Atom Heart Mother” trazendo "Summer
'68" que foi tema de propaganda do antigo Banco Nacional e “Meddle”).
Mas
foi a fase seguinte que fez de Nick Mason (bateria), Roger Waters (vocal e baixo),
Richard Wright (teclado) e David Gilmour (guitarra e vocal) expoentes do rock
progressivo. “Wish You Were Here” lançado em 75, um primor, com a mágica "Shine
On You Crazy Diamond” e a música título, o hino "Wish You Were Here" mantiveram
o grupo no topo. Naquela altura Waters já era o principal compositor e o
responsável pelos conceitos traduzidos no apurado som do Floyd. “Animals”, “The Wall” e “The Final Cut” (este
sem a participação de Wright e o último com Waters) foram discos que retrataram
muito bem a influência do baixista/vocalista, tendo inclusive uma adaptação
para o cinema, no caso de “The Wall”, álbum que imortalizou outro hino, "Another
Brick in the Wall” bem como trouxe a excelente "Comfortably Numb".
Liderado
por Gilmour, o Floyd continuou em frente com 3 trabalhos de estúdio, onde, na
minha opinião, ”A Momentary Lapse of Reason” é o de maior destaque. Richard
Wright faleceu em Setembro de 2008.
O virtuosismo de cada um dos integrantes, o rigor na elaboração esmerada das canções, ricas conceitualmente e de uma sonoridade magistral, como também o capricho nas letras, fizeram do Pink Floyd “monstros” sagrados da música e a estadia na prateleira mais alta do rock, onde seus shows eram de uma magnitude ímpar, mega espetáculo com palco temático e arena lotada, pois, sejamos justos, escutá-los era e é, uma experiência sensorialmente singular.

Excelente artigo. Sem dúvida, muito esclarecedor. Pink Floyd está entre as melhores bandas de Rock de todos os tempos.
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirDevo confessar que estou me enrolando nos comentários... rsrsrs Mas, repito: De fato, maestria no desenvolvimento do texto. Excelente essa sequência inicial. Aguardando os próximos. Vou corrigir na próxima, pois o excelente acima saiu como se fosse meu nome qdo seria o início do comentário...
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